Na sua edição da segunda-feira, o Jornal Diário do Povo traz um levantamento que não é novidade, as obras que se arrastam por anos sem que cheguem ao fim. Nos últimos 10 anos Teresina foi transformada em um canteiro de obras inacabadas. O pior para o Estado é que estas obras dão um grande prejuízo para os cofres públicos. Não precisa ser um auditor do Tribunal de Contas ou um especialista em obras públicas para ver e detectar estas distorções.
Centro de Convenções, Ponte do Meio, Rodoanel, Elevado da Avenida Miguel Rosa, a Duplicação das Brs 316 e 343 e o Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato. Estas são algumas destas obras de maior visibilidades, que foram orçadas em seu inicio em R$ 231 milhões e graças uma palavra chamada a aditivo ,os custos destas obras subiu para R$ 397,5 milhões. Sem que se tenha uma certeza que vão ser entregues.
Obra | Valor Inicial | Valor Atualizado | Diferença |
Ponte do Meio | R$ 18 milhões | R$ 23,5 milhões | R$ 5,5 milhões |
Centro de Convenções | R$ 21 milhões | R$ 24 milhões | R$ 3 milhões |
Elevado da Miguel da Rosa | R$ 24 milhões | R$ 26 milhões | R$ 2 milhões |
Aeroporto de São Rdo Nonato | R$ 18 milhões | R$ 40 milhões | R$ 22 milhões |
Rodoanel | R$ 80 millhões | R$ 120 milhões | R$ 40 milhões |
Duplicação das BRs 343 e 316 | R$ 70 milhões | R$ 164 milhões | R$ 94 milhões |
Total | R$ 231 milhões | R$ 397,5 milhões | R$ 166,5 milhões |
O Centro de Convenções e o Aeroporto de São Raimundo Nonato são as obras que tem maior tempo de execução. Mas nenhuma delas chega perto da obra de duplicação das BRs 316 e 343, o custava R$ 70 milhões no incio, ainda no Governo Wilson Martins em 2012, pulou para assustadores R$ 164 milhões. Obras que caminham a passos lentos e que seus prazos de entrega constantemente adiados.
Enquanto isso o Governo do Estado apenas justifica os atrasados como “falha nos cronogramas de execução das obras. Está chegando um nova campanha eleitoral e o governo não consegue entregar as obras que “seriam finalizadas” e seriam compromissos de campanha em 2014.
E na outra ponta fica o Tribunal de Contas do Estado e a expectativa de uma apuração que responda algumas perguntas: por que os aditivos elevaram tanto o valor destas obras? E porque estas obras demoram tanto para serem concluídas. O TCE informou ao Blog do Bira, que “não tem nada, por enquanto, com relação especificamente a esses aumentos nos custos das obras. Todas elas já foram fiscalizadas e investigadas, mas por outras razões, fiscalizações e auditoria de rotina que são normais. O TCE realiza as fiscalizações ordinárias, dentro do planejamento do órgão, e também as extraordinárias, que são propostas pelo plenário ou em decorrência de alguma denúncia”.
Mas ainda fica a pergunta: porque obras no Piauí não seguem o cronograma de execução e nem de planejamento financeiro?