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A votação que enterrou o pedido autorização para processar o presidente Michel Temer, na Câmara dos Deputados, mostrou um panorama previsível em relação aos 10 deputados federais da bancada piauiense.
Tudo aconteceu como um roteiro bem ensaiado. Depois de todo o cortejo do Governo Federal (emendas e o atendimento dos pleitos dos políticos), seis parlamentares: Átila Lira (PSB), Heráclito Fortes (PSB) Iracema Portella (PP), Júlio César (PSD), Maia Filho (PP), Paes Landim (PTB), votaram pelo arquivamento da denúncia, como determinou o Planalto.
Os deputados Assis Carvalho (PT), Rodrigo Martins (PSB) e Silas Freire (Podemos) votaram pelo não. Eles queriam que o presidente fosse investigado e afastado.
O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) foi a surpresa da bancada. Ele compareceu ao plenário, mas não votou. Castro esteve presente, na sessão. O deputado do PMDB registrou sua presença às 13h55, segundo o registro da sessão na Câmara dos Deputados, mas na hora da chamada nominal para votação não apareceu plenário. Confira a Lista de presença.
O Blog do Bira traz como votou cada um dos deputados:
Assis Carvalho (PT): “ Contra o banditismo que se instalou no Planalto Central, pela democracia deste País e para que Temer vá fazer companhia a Eduardo Cunha, meu voto é contra o relatório e pela continuidade da denúncia”.
Átila Lira(PSB): “Presidente, eu sou um advogado do Estado Mínimo e neste sentido nós já estamos vivendo a retomada do crescimento econômico. A estabilidade políticas é um fator essencial para nos crescermos, portanto voto com o relator, com o relatório da CCJ meu voto é sim”.
Heráclito Fortes (PSB): “O Brasil precisa ter paz. Eu vou votar em primeiro lugar em homenagem a coragem o presidente Michel Temer em promover as reformas que Brasil necessita e que por isso mesmo esteja pagando um alto preço por isso. Portanto senho presidente, diante destes fatos e da coerência em torno de um Brasil livre que quer crescer, eu voto sim”.
Iracema Portella (PP): “Por falta de consistência na denúncia. Eu voto sim”.
Júlio César (PSD): “Por melhoria dos indicadores econômicos do nosso País e pela convicção que tenho de cada dia melhorar a vida do povo brasileiro e por recomendação partidária eu voto sim senhor presidente”.
Maia Filho (PP) “Senhor presidente, ser parlamentar não é ser manobrado pelo senso comum e nem querer agradar o senso comum. É antes de tudo defender a Constituição, e não vamos criar aqui um precedente de afastar um presidente, sem ter a tal prova irrefutável acreditando no Brasil e acreditando que nós vamos estar aqui para criar estabilidade, votamos sim ao relatório”.
Paes Landim (PTB) “Senhor presidente eu votei contra o impeachment da presidente Dilma porque não encontrei fundamentos que lhe imputasse o crime de responsabilidade. Do mesmo jeito presidente, fazer um juízo politico (inaudível…)no caminho de dar estabilidade ao País e nas reformas propostas pelo presidente Michel Temer, voto pela suspensão do processo até o término do mandato. Voto sim senhor presidente”.
Rodrigo Martins (PSB): “Senhor presidente o Brasil precisa ser passado a limpo. Por isso voto não para o relatório e a favor da investigação”,
Silas Freire (Podemos): “Precisamos tomar o Brasil das mãos da corrupção e devolver aos brasileiros e só faremos isso, se deixarmos as instituições dizer que é inocente e quem é culpado, passar o Brasil a limpo. Portanto (voto) não, para dar continuidade as investigações pela tranparência no Brasil”
O comportamento deles era esperado. Fato um – Depois da votação ficou claro que o PT não queria a saída de Temer. Se quisesse, a secretária de Educação Rejane Dias (PT) teria reassumido seu mandato e votado no lugar de Maia Filho – suplente que votou a favor do presidente.
Fato dois – O caso voto do deputado federal Marcelo Castro que apareceu no plenário e se absteve de votar. Castro não quer abrir um nova frente com o seu partido o PMDB. Ele já havia contrariado o PMDB, na votação do afastamento de Dilma Rousseff, Castro foi Ministro da Saúde do governo petista.
Fato três – O deputado Rodrigo Martins pode perder seus cargos federais no Piauí. Martins tem a indicação da Chesf, PRF, INSS e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Mas tudo vai depender da reação do presidente Temer, se ele vai retaliar quem votou pelo seu afastamento tomando estes cargos. Se o deputado perder os cargos, na nova distribuição dos postos na bancada federal, o deputado Júlio César já trabalha para ficar com o MDA. César já tem a indicação do Incra